Inteligência Artificial Revoluciona a Educação: Novas Soluções para o Ensino

Contar com a ajuda de um professor particular ou de um monitor é importante para o processo de aprendizado, a fim de que esse suporte ao aluno seja acessível aos pais e às escolas. A princípio, isso nem sempre é acessível, antes de mais nada, à maioria das escolas. Mas e se fosse possível ter esse suporte ao aluno através de inteligência artificial? Essa função de tutoria robotizada está sendo testada por diversas instituições. Ela promete revolucionar o ensino, oferecendo ajuda aos alunos de forma individualizada com a IA.

Foto: Canva

Entenda mais: O Que Vem Depois do Enem 2023: Próximos Passos para o Ensino Superior

Provas Corrigidas e Chamada por Foto: IA Transforma a Educação

A edtech (empresa de tecnologia para o ensino) Quero Educação já oferece soluções de IA às instituições como apoio às atividades administrativas, principalmente na captação de alunos. Mas também começou a testar projetos piloto na área de tutoria, de forma não comercial.

Um desses programas está sendo desenvolvido com as turmas do 9º ano do ensino básico da prefeitura de São José dos Campos (SP). A ideia, segundo André Narciso, CEO da empresa, é que a ferramenta funcione como uma espécie de monitor, auxiliando o professor.

Acima de tudo, meu sonho de consumo é que a IA seja integrada ao sistema da escola e que o aluno faça o dever de casa, por exemplo, nessa plataforma. A ferramenta então perceberia onde o estudante errou e o ajudaria a corrigir esse erro. Ainda assim, hoje, a plataforma consegue conduzir o aluno, mas partindo de uma dúvida que ele tenha. Queremos que ela seja mais ativa — afirma Narciso.

O principal desafio, neste momento, é fazer com que a IA ofereça respostas e orientações corretas ao aluno

Para isso, é preciso alimentar o robô com as informações precisas sobre os assuntos relativos à disciplina de estudo e treiná-lo para saber conduzir os estudantes no processo educacional.

— O ChatGPT não sabe dizer quando não tem a resposta para alguma pergunta. Ele dá resposta para tudo, mas nem sempre ela será correta. Queremos garantir que a nossa IA vai conseguir estruturar as

A Divisão de ensino básico da Cogna, o Grupo Somos Educação, do Anglo, pH e Mackenzie, entre outros, também começou a implementar a IA de forma experimental nas salas de aula. Uma das frentes de utilização é na aplicação do ensino adaptativo, metodologia que promove uma aprendizagem interativa, personalizada para cada aluno, assim como tem sido feito na plataforma de ensino digital do grupo, o Plurall.

Veja também: UFRR anuncia 719 vagas para ingresso pelo Sisu 2024

O Futuro da Educação e a Inteligência Artificial

A Somos também tem usado a IA para a correção de redações, com base nos critérios utilizados pelo Enem. Ao entender onde perderam pontos e onde se destacaram, a ideia é que os alunos consigam aprimorar a escrita.

Já o Grupo Salta Educação, dono de redes como Elite, pH e Pensi, tem começado a testar o uso de IA como forma de complementar as aulas e estimular o pensamento crítico. No futuro, a expectativa é que a IA assuma o papel de orientadora e provedora de feedback personalizado e rápido aos alunos, auxiliando com o propósito de inclusive na inclusão de estudantes com necessidades educativas especiais ou dificuldades de aprendizagem.

A diretora pedagógica relata que o uso de IA tem ajudado professores e coordenadores a reduzirem o tempo gasto com processos mais burocráticos e administrativos, desde já na estruturação de comunicados para famílias, deixando mais tempo livre para o trabalho criativo e pedagógico.

Muitos Usos Para a IA

Outro exemplo de uso da IA no âmbito administrativo é o caso da rede estadual de ensino do Paraná. Ela começou a usar a tecnologia de reconhecimento facial em registros de presença. A iniciativa veio a partir de um estudo que mostrou que eram perdidas cerca de cem horas/ano em cada turma na execução de rotinas gerenciais. Tais como, em primeiro lugar, a chamada.

Principalmente, após o cadastro biométrico dos alunos, os professores conseguem realizar a chamada em sala de aula com um aplicativo. O processo leva alguns segundos. A lista de presença é então apresentada ao professor, que pode alterar caso algum aluno não tenha sido reconhecido. Segundo a Secretaria Estadual de Educação, o método foi testado em 80 escolas durante a fase piloto e comprovou a redução do tempo utilizado na chamada. Hoje, o processo foi estendido a 1,6 mil escolas.

Leia agora: ENGIE prorroga inscrições para cursos gratuitos de tecnologia

Comentários estão fechados.