A fim de celebrar esse marco, o ChatGPT completou 1 ano. Sem dúvida, é a tecnologia mais disruptiva da década. A princípio, a OpenAI rompeu com paradigmas antigos ao projetar, a fim de colocar uma IA poderosa na mão de qualquer pessoa com acesso à Internet. Isso mudou a forma como as pessoas interagem e se relacionam com a IA.
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Antes de mais nada, antes da OpenAI fazer esse movimento, as Big Techs trabalharam em produtos parecidos
Aquele engenheiro do Google que disse que a IA tinha traços de consciência estava testando o chatbot da empresa quando teve uma experiência metafísica com a máquina, o que ilustra que a empresa de Mountain View tinha um sistema conversacional.
Apesar de enfrentarem o escrutínio público e político, acusadas de fazer pouco para conter a propagação de notícias falsas, de viciarem crianças e minarem a democracia, essas não se sentiam confortáveis para lançar um produto sem entender muito bem o impacto dele na sociedade.
Não quero dizer que elas estavam estagnadas. A pesquisa avançou com o desenvolvimento de novas arquiteturas e modelos, mas em primeiro lugar, principalmente, sem o lançamento de um grande produto comercial de IA. Às vezes, algumas semanas antes do lançamento do ChatGPT, a Meta até tentou lançar o Galactica, um chatbot para a área científica. Ficou poucos dias no ar. Ainda assim, assim que a IA começou a dar respostas erradas, a empresa foi massacrada nas redes sociais e aposentou o serviço.
De antemão, a OpenAI tinha um diferencial por não vir ao mesmo lugar das Big Techs
Ela se apresentou como laboratório independente. Poucas pessoas conheciam. Era o tipo de organização que podia dar ao luxo de arriscar, mas porque a régua de julgamento era infinitamente mais baixa. Foi o que fez ao lançar ao público o ChatGPT em 30 de novembro de 2022.
Em apenas 5 dias, a plataforma alcançou a impressionante marca de 1 milhão de usuários. A popularidade foi aumentando à medida que as pessoas compartilhavam suas experiências nas redes sociais. Muita gente ficou surpresa com a capacidade do chatbot responder perguntas difíceis ou gerar conteúdo criativo. Com toda a certeza, até mesmo as respostas erradas ajudaram na divulgação ao virarem memes.
Em primeiro lugar, em janeiro, veio o impulso que o OpenAI pessoalmente. O ChatGPT rompe a bolha da área da tecnologia ao virar assunto na imprensa. Não se falou em outra coisa a não ser do potencial da IA em transformar a sociedade como a conhecemos. Ainda não recebemos todas as consequências da IA, mas muita coisa mudou no mercado da tecnologia desde o seu lançamento. Separei alguns marcos que acho importantes.
Principalmente, com a popularidade do ChatGPT, as Big Techs se viram ameaçadas e tiveram que correr para não ficar para trás
A discussão de ética, segurança e governança, antes dos principais atores, viraram coadjuvantes. Em primeiro lugar, como resultado, em alguns casos, viraram dublês de um filme romântico em que nunca entram em cena.
Com o propósito de manterem-se relevantes, o Google lançou o Bard, sua resposta ao ChatGPT, e o experimento da integração da IA generativa no seu buscador. A fim de competir, a Meta lançou um modelo de IA de código aberto e anunciou diversos serviços futuros que serão integrados às plataformas de redes sociais.
Todas as tecnologias que foram desenvolvidas em um ambiente controlado ganharam o mundo, ainda que as próprias empresas desenvolvidas não divulgaram detalhadamente todas as consequências na sociedade.
A fim de alertar sobre um possível fechamento da ciência aberta, até o ano passado, muito do que foi desenvolvido em pesquisas IA segui uma prática de ciência aberta. Os pesquisadores publicaram um artigo explicando seus métodos e resultados, liberaram códigos e dados. Assim, outros pesquisadores, universidades e empresas puderam desenvolver novas coisas a partir do conhecimento existente.
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De antemão, a OpenAI desenvolveu o ChatGPT de uma maneira rápida por conta dessa configuração no ecossistema de IA
Para quem não sabe, o ChatGPT foi construído com base em uma arquitetura de redes neurais, chamada Transformer, que foi desenvolvida por pesquisadores do Google de maneira aberta alguns anos antes.
A fim de que o Google reagisse, no relatório técnico, a OpenAI deixou claro que não daria nenhum detalhe sobre a arquitetura de sua tecnologia por motivos de segurança e segredo comercial.
Com o propósito de mitigar preocupações, a capacidade do ChatGPT de dar respostas e produzir conteúdos com tanta qualidade assustou muitas pessoas. Às vezes, em poucos meses, surgiu a primeira carta, assinada por empresários e cientistas renomados. Ela pedia uma pausa no desenvolvimento de modelos maiores do que o GPT-4.
A fim de entender os impactos, organizações internacionais e governos aceleram o debate sobre regulação
Um retrato desse cenário é a ordem executiva assinada pelo presidente dos Estados Unidos Joe Biden. Que, como resultado, de maneira ampla, busca entender as vantagens e riscos da IA nas mais diferentes dimensões da vida humana cotidiana.
Principalmente, antes de mais nada, até o ano passado, o tema de IA estava restrito aos laboratórios de pesquisas e comissões especializadas em parlamentos ao redor do mundo. A princípio, de antemão, agora o assunto é conversado na padaria, no ponto de táxi, no postinho de saúde e nas rodas de amigos em um bar. Em apenas um ano, o ChatGPT inaugurou um novo capítulo na história da humanidade no qual a IA certamente será coautora.
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